domingo, 26 de outubro de 2008

Eu tentaria entender...

Eu tentaria entender se alguém se dispusesse a explicar. A solidão não é nada além da minha melhor companhia. O coração bate fraquinho, barulho surdo, quase sumindo. E pra que o estardalhaço quando não há ninguém para ouvir? Pra que o bater forte, a paixão, o grito? Se eu não tenho ouvidos para eles, quem os terá?! Deixe-me aqui quieta, no meu próprio silêncio. Não ouço o mundo, ele não me ouve. Estamos quites. Não sou metade do que quero ser. Ainda bem! Assim, ainda tenho com o que sonhar. E vivo desses sonhos, como se os comesse devagarzinho, saboreando um por um. Tenho uns doces, outros amargos. Mas são meus e só. Vivo deles; sou eles. E caminho de mãos dadas com a solidão, com meus sonhos na boca, num caminho sem estradas.

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