domingo, 26 de outubro de 2008

Paradoxos

Sou um vazio cheio de pequenos vazios lotados de nada. Cada um deles tem o peso do mundo, cada um deles faz uma zoada silenciosamente infernal. Tenho todas as cores em mim e, por tê-las todas, tenho nenhuma. Sou o branco, a mistura de todas as cores resulta num profundo vazio. Até nisso me torno um nada, me consumo. E a solidão me dói. Inquieta e calma, controversa como esse texto. Uma sensação de... De nada mesmo. Como se algo que não sei o que é me puxasse os braços. Mas eu não vejo essa força, invisível como ela só. E quem disse que estar rodeado de gente não nos permite a solidão? Essa é interna, depende só de mim. Estranho é que eu não me sinto mais, como se de tão só, de repente me consumisse por inteiro. Então, nem existo mais? Sou nada. Diria o poeta que, "a partir disso, tenho em mim todos os sonhos do mundo". Mas eu não sonho esses sonhos... E começo a sumir, a sumi, a s...

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